DIVULGAÇÃO EXTERNA | Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril | Ciclo de Cinema “Cidade, Habitação e Justiça Social”

 

Dias 05, 12 e 26 de abril, na Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, o ciclo de reportagem/documentário e cinema sobre o direito à habitação e à cidade – “Cidade, Habitação e Justiça Social” – afirma-se como uma das formas mais dignas de revisitar o 25 de Abril de 1974, trazendo para o debate público as questões da participação e da cidadania em torno da cidade justa e democrática.

Cartaz, Ciclo Abril 5 a 26 de abril

Os trabalhos selecionados para este ciclo comungam de um pressuposto comum, que é reconhecer e dar voz a todos os que lutam por uma habitação digna e por uma cidade justa. As três reportagens procuram, com base numa informação objetiva, dar a conhecer as comunidades que resistem a viver em lugares onde a habitação não é digna e salubre, mas é aí que fazem a sua vida em comunidade e exigem que seus bairros sejam reabilitados. Estamos a falar de uma comunidade que rejeita a habitação reduzida à condição de garagem e onde pessoas e bens se amontoam como caixas de sabão.

Num tempo em que as ideologias liberais nos querem impor uma cidade-mercadoria, projetada por uma racionalidade arquitetónica distante da vida real e pouco ou nada comprometida com as formas de vida das classes populares, os trabalhos aqui apresentados dão a conhecer a importância destas comunidades. Estamos a falar de comunidades que constroem e pensam sobre o seu habitar, dando como referência os dois filmes a Bicicleta e  Othon, assim como o documentário Ilha Habitada – a Bela Vista – os quais remetem para os habitantes e a comunidade, para a auto-intensificação das relações entre lugares e comunidades: lugares que ainda conservam algum princípio de habitabilidade e apego ao lugar e à habitação; comunidades que, perante a invasão da cidade-mercadoria, vêm as suas casas, as suas comunidades e os seus lugares destruídos, entaipados e as suas famílias deslocadas para zonas de segregação socio-espacial. Em suma, famílias inteiras são fragmentadas e deslocadas para “soluções” habitacionais que são uma espécie de “toilettes da Eurostar”. É contra estas situações que os cidadãos/ãs se devem indignar e reivindicar para todos/as o direito primeiro e fundamental de habitar com dignidade e conforto.

A entrada é livre, embora limitada à lotação do espaço.

Informação adicional e programa completo disponíveis aqui.

 

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