III Congresso da Oposição Democrática evocado em Aveiro e em Lisboa | 19 e 20 de abril

 

A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril vai evocar o III Congresso da Oposição Democrática nos dias 19 e 20 de abril com colóquios e debates em Aveiro (na Universidade de Aveiro) e em Lisboa (no Centro Cultural de Belém), que vão envolver mais de 200 jovens e participantes.

Organizado entre 4 e 8 de abril de 1973, o III Congresso da Oposição Democrática teve como objetivo preparar um programa comum e listas unitárias para enfrentar a Ação Nacional Popular, o partido do regime, na campanha eleitoral que se aproximava. “Este encontro procurou integrar diferentes correntes ideológicas e políticas, de várias gerações e tendências, incluindo militares que, um ano depois, viriam a participar na Revolução dos Cravos. Deve ser compreendido, quer pelo relevante contributo político das suas conclusões, quer como sinal de um crescente desejo social de mudança, que o Governo temia, como deixou evidente a brutal repressão policial que no último dia se abateu sobre a manifestação popular. Recordar, contextualizar e interpretar esse momento é determinante para se compreender o pós-25 de Abril”, afirma Maria Inácia Rezola, Comissária-executiva.

Nesse sentido, a Comissão dinamiza a iniciativa «Da Memória ao Futuro: o III Congresso da Oposição Democrática, 50 anos depois». Esta contempla um evento focado no Futuro, que terá lugar a 19 de abril, na Universidade de Aveiro 📍, no Auditório Renato Araújo, das 9h00 às 17h00. Com curadoria de Carlos Jalali e Patrícia Silva, inclui a Mesa-redonda «Pensando no amanhã: escrever o futuro à luz do III Congresso da Oposição Democrática», onde estarão em foco temas que hoje interessam aos jovens: Sustentabilidade; Educação e desigualdade; Multiculturalidade e diversidade; e Sociedade e população. Os mais de 200 jovens presentes serão convidados a refletir sobre os desafios e as linhas de atuação para uma sociedade mais democrática, inclusiva e sustentável, e, depois, a apresentar as suas conclusões. A sessão conta com a participação de Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República; de Augusto Santos Silva, Presidente da Assembleia da República; e de Pedro Adão e Silva, Ministro da Cultura.

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Já em Lisboa 📍, no Centro Cultural de Belém (CCB), haverá duas sessões dedicadas à Memória, nas tardes dos dias 19 e 20 de abril (14h30-19h00), com curadoria de Rui Bebiano e de Aniceto Afonso.

➡️ No dia 19, terão lugar os Testemunhos de Carlos Carvalhas, Maria Emília Brederode e António Neto Brandão. Participam na sessão seguinte Fernando Rosas – “Congresso de Aveiro: em tempo de vésperas»; Francisco Seixas da Costa – «1973 – Um Olhar Fardado»; José Manuel Lopes Cordeiro (investigador CICS.NOVA.UMinho) – «Aveiro, 1973: uma Oposição à margem do Congresso da Oposição»; e Luísa Tiago Oliveira – «Das Conclusões do Congresso de Aveiro ao Programa do MFA». O debate que se segue a estas intervenções será moderado por Irene Flunser Pimentel. A sessão conta com a participação de Augusto Santos Silva, Presidente da Assembleia da República.

➡️ No dia 20, Helena Pato, Mário Simões Teles e João Soares partilham o seu Testemunho. Intervêm no painel seguinte Luís Trindade – «”Havemos de ser mais eu bem sei”. Sons, imagens e utopia em 1973»; Manuela Tavares – «Mulheres na oposição democrática e o lento caminho pelos seus direitos»; e Miguel Cardina – «Abril de 1973: um retrato das oposições antiguerra». A moderação do debate que se segue será da responsabilidade de Rui Bebiano.

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Informação completa disponível aqui.

Dossiê com contexto histórico sobre este acontecimento pode ser consultado aqui.

 

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