CICS.NOVA Universidade do Minho 2025-09-22T15:51:11Z http://cics.uminho.pt/pt/feed/atom/ WordPress http://cics.uminho.pt/wp-content/uploads/2022/07/cropped-Grupo-de-Estudos-Interdisciplinares-em-Ciências-Socias-1-1-32x32.png admin <![CDATA[Novo livro de investigadora CICS.NOVA.UMinho estimula e desafia a mente dos mais velhos]]> http://cics.uminho.pt/?p=14127 2025-09-22T15:51:11Z 2025-09-22T15:51:11Z 9789896922283_1753841114

Foi recentemente publicado o livro Cérebro Ativo: Jogos e exercícios para seniores saudáveis, da autoria de Maria Adelaide Melo e Maria Cristina Moreira, investigadora do CICS.NOVA.UMinho.

A obra, editada pela Arte Plural, reúne desafios de memória, lógica, cálculo e raciocínio, com níveis de dificuldade progressivos, pensados para estimular o cérebro e promover um envelhecimento mais saudável.

Com o aumento da esperança de vida, este livro surge como uma ferramenta prática para quem quer manter a mente ativa e para cuidadores que procuram novas atividades para os mais velhos.

➡️ Já disponível nas livrarias e online!

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admin <![CDATA[Conferência GEICS | 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝘀 𝗮𝗯𝗲𝗿𝘁𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲𝗺? 𝗠𝗶𝗴𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗹𝘁𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗹𝗲𝗴𝗶𝘀𝗹𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮 | 25/09/2025 | 19H30 (PT)/15H30 (BR) | Formato virtual]]> http://cics.uminho.pt/?p=14118 2025-09-12T10:07:51Z 2025-09-12T10:07:21Z 1No próximo dia 25 de setembro de 2025 decorrerá, pelas 19H30 (PT)/15H30 (BR) e em formato exclusivamente virtual, uma Conferência GEICS dedicada à temática “𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝗮𝗹 𝗱𝗲 𝗽𝗼𝗿𝘁𝗮𝘀 𝗮𝗯𝗲𝗿𝘁𝗮𝘀 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗾𝘂𝗲𝗺? 𝗠𝗶𝗴𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗽𝗿𝗼𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗲 𝗮𝗹𝘁𝗲𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗹𝗲𝗴𝗶𝘀𝗹𝗮𝘁𝗶𝘃𝗮”. Procurar-se-á analisar os desafios e oportunidades colocados pelas dinâmicas migratórias atuais, bem como as propostas de alteração legislativa em curso.

O debate contará com a participação de 𝗔𝗻𝗮 𝗣𝗮𝘂𝗹𝗮 𝗖𝗼𝘀𝘁𝗮 (IPRI e Casa do Brasil), 𝗣𝗮𝘁𝗿𝗶́𝗰𝗶𝗮 𝗝𝗲𝗿𝗼́𝗻𝗶𝗺𝗼 (JusGov e ED-UM) e 𝗜𝘀𝗮𝗯𝗲𝗹 𝗘𝘀𝘁𝗿𝗮𝗱𝗮 𝗖𝗮𝗿𝘃𝗮𝗹𝗵𝗮𝗶𝘀 (CICP e EEG-UM).

👉 Inscrição gratuita, mas necessária: https://forms.gle/3GNH1N9EAeJJKkSe7.

Mediante solicitação, poderá ser emitido certificado de participação.

Para informação adicional, por favor, contactar geicsuminho@gmail.com.

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admin <![CDATA[A “ilha” cabo-verdiana no coração do Porto em destaque na Revista Visão (4 set 2025), com contributos de Fernando Matos Rodrigues, investigador CICS.NOVA.UMinho]]> http://cics.uminho.pt/?p=14113 2025-09-08T14:19:09Z 2025-09-08T14:19:09Z A edição de 4 de setembro da Visão publicou a reportagem “A ‘ilha’ de Cabo Verde escondida no centro do Porto”, assinada pelas jornalistas Rosa Ruela e Lucília Monteiro, contando também com o contributo de Fernando Matos Rodrigues, antropólogo e investigador CICS.NOVA.UMinho.

O ambiente é apresentado de forma quase literária pelas jornalistas, que assinalam:

“Quase tudo aqui é improvável, mas tudo faz sentido. De umas ruínas com vista para o rio Douro, ergueu-se uma comunidade ímpar, invisível atrás duma linha de comboio. E, entre bananeiras, cana-de-açúcar e abacateiros, temos hoje a sensação de estar em Cabo Verde e não no Porto, num antigo bairro operário que começou a ser ocupado por cabo-verdianos há 50 anos.”

Com o Laboratório de Habitação Básica Participada, Fernando Matos Rodrigues acompanha o bairro do Riobom e a sua comunidade há já quase 30 anos:

A verdade é que chegamos ao Riobom e sentimo-nos bem. Porque chegamos ali e ficamos parados no tempo. Esta comunidade vive exatamente daquilo que é a ausência do movimento. É uma comunidade estática, longe do ritmo acelerado do Porto turístico, e é lindíssima. Se as pessoas tivessem a noção do seu valor, iam tentar fazer igual no resto da cidade.

Reportagem completa disponível aqui: https://visao.pt/atualidade/sociedade/2025-09-06-reportagem-a-ilha-de-cabo-verde-escondida-no-centro-do-porto/

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admin <![CDATA[PRORROGAÇÃO DA CHAMADA DE ARTIGOS | Configurações: Revista de Ciências Sociais N.º 38 – Dossiê Temático “CUIDANDO DO COMUM: CULTURAS E CONTRACULTURAS”]]> http://cics.uminho.pt/?p=14106 2025-09-19T16:48:31Z 2025-09-01T13:07:03Z

CHAMADA DE ARTIGOS

Configurações: Revista de Ciências Sociais

N.º 38 – Dezembro de 2026

Cuidando do comum: culturas e contraculturas

Chamada Configurações N.º 38 (2)

Coordenação do Dossiê: Ana Luísa Luz (Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, ORCID ID 0000-0002-4276-1938), Cristina Parente (Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ORCID ID 0000-0002-7500-7050), Marta Nieto Romero (SOCIUS/ISEG/Universidade de Lisboa e Malha Cooperativa/RIZOMA, ORCID ID 0000-0001-8247-9569), Marta Pedro Varanda (SOCIUS/ISEG/Universidade de Lisboa e Malha Cooperativa/RIZOMA, ORCID ID 0000-0002-9762-2724)

Nos últimos dois séculos, o sistema capitalista tem regido o contrato social, i.e., as relações económicas, sociais e afetivas, incentivando o individualismo como força motriz de uma sociedade e economia modernas. A aposta no desenvolvimento técnico-científico como meio para o crescimento económico intensificou a produção, desligando-a dos processos ecológicos e alterando profundamente a relação entre as pessoas, mas também entre as pessoas e o meio. Elevando o saber científico acima do tradicional-ancestral, abriu-se caminho para a exploração descontrolada de recursos vitais de comunidades indígenas e locais, de ecossistemas e combustíveis fósseis, com efeitos na destruição daquilo que reconhecemos como “comum”, i.e., tudo aquilo que partilhamos, recursos, mas também relações sociais, conhecimento e formas de cooperaçãoDestruindo as condições que permitiam às comunidades locais sobreviver e viver com autonomia, eliminamos igualmente a sua capacidade de reprodução de modos de vida e cosmovisões baseadas em relações seculares com os ecossistemas onde habitam.

Num período em que a maior parte da riqueza do planeta se encontra nas mãos de 1% da população mundial enquanto a maioria se encontra dependente de trabalho assalariado assegurado pelo Estado ou pelo mercado, o vínculo humano “à terra” e ao próximo é cada vez menor. As relações humanas, outrora de proximidade, ancoradas em laços solidários e duradouros, de reciprocidade e confiança, assumem agora contornos frágeis e descartáveis, funcionalistas e efémeros, construindo, na expressão de Zygmunt Bauman, uma modernidade líquida, volátil e em constante mudança. Por outro lado, as desigualdades tornaram-se mais vincadas e o “outro” sobretudo num problema a resolver. Neste contexto, a política extrema-se e as guerras eclodem, fala-se de emergência – climática e humana.

Num cenário que roça o distópico, estruturas sociais autónomas com base comunitária permanecem, enquanto outras se desenvolvem em diferentes contextos, prefigurando uma mudança de paradigma num mundo onde a gestão pública foi enfraquecida por décadas de políticas neoliberais. Modos de produção extensivos, solidários, que fomentam economias diversas (Gibson-Graham e Dombroski, 2021), sejam estas feministas, familiares, populares ou solidárias, promotoras de sustentabilidade enquanto retomam formas orgânicas de regulação da produção e de consumo. Iniciativas ancoradas na cooperação, autogestão e comunhão de interesses como base para a ação surgem nos campos e na cidade, nas organizações, nas comunidades, num mundo esgotado de destruição, conflitos e solidão.

Com esta chamada, pretendemos gerar uma reflexão sobre estas questões, colocando o foco em iniciativas coletivas que garantem a produção e o cuidado do comum. Partindo do trabalho de autoras feministas como Graham-Gibson (2016), Gutierrez (2020), Nightingale (2019), Casas-Cortes (2019), Singh (2018), entre outras, definimos a produção e o cuidado do comum como todas as práticas e relações de cooperação e entreajuda, mas também de luta e resistência, que sustentam a reprodução material e simbólica da vida, humana e não humana. Interessa-nos pensar e vincar a forma como o quotidiano do cuidado – e.g. dialogar, cozinhar, reflorestar, etc. – politiza por via da resultante aquisição de novos conhecimentos, capacidades, relações e subjetividades que nos ligam afetivamente ao que cuidamos (bosque, terra, comunidade), aproximando-nos enquanto agentes de mudança. Incentivamos trabalhos sobre iniciativas que desafiam a tendência individualista – e.g. regimes de propriedade comunitária, empresas, cooperativas, economia social e solidária, economia popular e familiar, economias feministas e dos cuidados.  Através da sua análise crítica, queremos refletir sobre a diversidade dessas iniciativas ao nível das suas práticas, valores, objetivos, estrutura e efeitos de mudanças no território, aqui entendido como o espaço constituído por ecossistemas, infraestruturas, atores e instituições, mas também saberes, cosmovisões, discursos, valores, etc. Com esta abordagem, queremos abrir vias para uma nova cultura e formas de ação que sustentem um novo contrato social.

Entre as diversas linhas de reflexão, propomos:

1.dar a conhecer e refletir sobre as práticas quotidianas envolvidas na produção e cuidado do comum, que podem incluir:

    1. estruturas e processos de governança, formas de participação na tomada de decisão e gestão de iniciativas comunais, solidárias e autogeridas;
    2. valores e cosmovisões que sustentam as práticas quotidianas de cooperação nestas iniciativas;
    3. construção de novos imaginários territoriais que desafiem os discursos e as soluções apresentadas até aqui, por exemplo, na questão da habitação, da água, da energia, da saúde, etc.

2. análise crítica da estrutura institucional das sociedades atuais que desconstrói o comum ou ameaça iniciativas que cuidam o comum, constituindo processos de descomunalização (do inglês un-commoning), que podem concretizar-se em:

    1. leis, diretivas, políticas públicas e outros fenómenos que alteram as condições base das comunidades;
    2. projetos extrativos como a mineração, o turismo desenfreado, a agricultura intensiva;
    3. características internas da governança – desafios, contradições e ambivalências

 

As propostas devem ser submetidas eletronicamente após realização de registo na plataforma, até ao dia 31 de outubro de 2025.

Recomenda-se vivamente aos/às autores/as a leitura atenta das normas de publicação.

                           NORMAS DE PUBLICAÇÃO

 Nota: A presente call foi ligeiramente revista de forma a alargar o seu escopo geográfico, não restringindo os contributos apenas a Portugal. Esta decisão decorre da reduzida adesão registada até ao momento, procurando-se, assim, abrir espaço a uma participação académica mais ampla. O prazo de submissão foi igualmente prorrogado até 31 de outubro de 2025.
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admin <![CDATA[O CICS.NOVA.UMINHO vai de férias!]]> http://cics.uminho.pt/?p=13486 2025-08-04T14:46:12Z 2025-08-04T14:46:12Z Informamos que estaremos em pausa entre os dias 11 e 25 de agosto (inclusive). Durante este período, as nossas atividades estarão suspensas.

Voltamos ao ativo no dia 26 de agosto, prontos para retomar os trabalhos com energia renovada.

Até lá, desejamos a todas e todos umas excelentes férias e um bom (e merecido) descanso.

– A equipa CICS.NOVA.UMinho

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admin <![CDATA[Conferência “Ocupar, resistir e habitar: práticas de resistência e de organização dos moradores nas ilhas e bairros populares do Porto” | 4 de agosto de 2025 | 21H30 | Formato Virtual (via Zoom)]]> http://cics.uminho.pt/?p=13480 2025-08-04T11:24:38Z 2025-08-04T11:24:38Z  images

A Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia (SPAE) anuncia a realização de uma palestra aberta, em formato exclusivamente on-line (via Zoom), hoje, dia 4 de agosto de 2025, às 21h30.

Fernando Matos Rodrigues, antropólogo e investigador CICS.NOVA.UMinho, apresentará a comunicação intitulada “Ocupar, resistir e habitar: práticas de resistência e de organização dos moradores nas ilhas e bairros populares do Porto”.

Esta palestra baseia-se numa investigação financiada pela FCT no âmbito do projeto «Modos de Vida e Formas de Habitar: ilhas e bairros populares no Porto e Braga» (PTDC/IVC-SOC/4243/2014). Trata-se de um estudo de antropologia aplicada e de investigação-ação-participação que analisa as estratégias de resistência e organização dos moradores em contextos marcados pela especulação imobiliária e pelos processos de reabilitação urbana.

A sessão é de acesso livre e poderá ser acompanhada através do seguinte link:

https://videoconf-colibri.zoom.us/j/92381464211?pwd=J9nNCHRs7sDYbNapkTOO8T5pTaq3nG.1

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admin <![CDATA[NOVO NÚMERO | Configurações: Revista de Ciências Sociais N.º 35 – “Género e Desigualdades: Desafios Contemporâneos”]]> http://cics.uminho.pt/?p=13459 2025-06-25T09:08:21Z 2025-06-25T09:08:21Z

n35

Já se encontra disponível on-line e em acesso aberto o N.º 35 da Configurações: Revista de Ciências Sociais – Dossiê Temático Género e Desigualdades: Desafios Contemporâneos, sob coordenação de Dalila Cerejo, Ana Paula Gil e Nuno Dias (CICS.NOVA e NOVA FCSH).

Número completo e informação adicional disponível aqui.

Em breve, a publicação encontrar-se-á disponível também no RepositoriUM e na plataforma OpenEditions.

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admin <![CDATA[CHAMADA DE ARTIGOS | Configurações: Revista de Ciências Sociais N.º 38/Dezembro 2026 – Dossiê Temático “CUIDANDO DO COMUM: CULTURAS E CONTRACULTURAS EM PORTUGAL”]]> http://cics.uminho.pt/?p=13445 2025-06-25T09:06:28Z 2025-06-25T09:03:18Z

CHAMADA DE ARTIGOS

Configurações: Revista de Ciências Sociais

N.º 38 – Dezembro de 2026

Chamada Configurações N.º 38

Cuidando do comum: culturas e contraculturas em Portugal

Coordenação do Dossiê: Ana Luísa Luz (Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa, ORCID ID 0000-0002-4276-1938), Cristina Parente (Instituto de Sociologia da Universidade do Porto, Departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ORCID ID 0000-0002-7500-7050), Marta Nieto Romero (SOCIUS/ISEG/Universidade de Lisboa e Malha Cooperativa/RIZOMA, ORCID ID 0000-0001-8247-9569), Marta Pedro Varanda (SOCIUS/ISEG/Universidade de Lisboa e Malha Cooperativa/RIZOMA, ORCID ID 0000-0002-9762-2724)

Nos últimos dois séculos, o sistema capitalista tem regido o contrato social, i.e., as relações económicas, sociais e afetivas, incentivando o individualismo como força motriz de uma sociedade e economia modernas. A aposta no desenvolvimento técnico-científico como meio para o crescimento económico intensificou a produção, desligando-a dos processos ecológicos e alterando profundamente a relação entre as pessoas, mas também entre as pessoas e o meio. Elevando o saber científico acima do tradicional-ancestral, abriu-se caminho para a exploração descontrolada de recursos vitais de comunidades indígenas e locais, de ecossistemas e combustíveis fósseis, com efeitos na destruição daquilo que reconhecemos como “comum”, i.e., tudo aquilo que partilhamos, recursos, mas também relações sociais, conhecimento e formas de cooperação. Destruindo as condições que permitiam às comunidades locais sobreviver e viver com autonomia, eliminamos igualmente a sua capacidade de reprodução de modos de vida e cosmovisões baseadas em relações seculares com os ecossistemas onde habitam.

Num período em que a maior parte da riqueza do planeta se encontra nas mãos de 1% da população mundial enquanto a maioria se encontra dependente de trabalho assalariado assegurado pelo Estado ou pelo mercado, o vínculo humano “à terra” e ao próximo é cada vez menor. As relações humanas, outrora de proximidade, ancoradas em laços solidários e duradouros, de reciprocidade e confiança, assumem agora contornos frágeis e descartáveis, funcionalistas e efémeros, construindo, na expressão de Zygmunt Bauman, uma modernidade líquida, volátil e em constante mudança. Por outro lado, as desigualdades tornaram-se mais vincadas e o “outro” sobretudo num problema a resolver. Neste contexto, a política extrema-se e as guerras eclodem, fala-se de emergência – climática e humana.

Num cenário que roça o distópico, estruturas sociais autónomas com base comunitária permanecem, enquanto outras se desenvolvem em diferentes contextos, prefigurando uma mudança de paradigma num mundo onde a gestão pública foi enfraquecida por décadas de políticas neoliberais. Modos de produção extensivos, solidários, que fomentam economias diversas (Gibson-Graham e Dombroski, 2021), sejam estas feministas, familiares, populares ou solidárias, promotoras de sustentabilidade enquanto retomam formas orgânicas de regulação da produção e de consumo. Iniciativas ancoradas na cooperação, autogestão e comunhão de interesses como base para a ação surgem nos campos e na cidade, nas organizações, nas comunidades, num mundo esgotado de destruição, conflitos e solidão.

Com esta chamada, pretendemos gerar uma reflexão sobre estas questões, colocando o foco em iniciativas coletivas que garantem a produção e o cuidado do comum. Partindo do trabalho de autoras feministas como Graham-Gibson (2016), Gutierrez (2020), Nightingale (2019), Casas-Cortes (2019), Singh (2018), entre outras, definimos a produção e o cuidado do comum como todas as práticas e relações de cooperação e entreajuda, mas também de luta e resistência, que sustentam a reprodução material e simbólica da vida, humana e não humana. Interessa-nos pensar e vincar a forma como o quotidiano do cuidado – e.g. dialogar, cozinhar, reflorestar, etc. – politiza por via da resultante aquisição de novos conhecimentos, capacidades, relações e subjetividades que nos ligam afetivamente ao que cuidamos (bosque, terra, comunidade), aproximando-nos enquanto agentes de mudança. Incentivamos trabalhos sobre iniciativas em território português que desafiam a tendência individualista – e.g. regimes de propriedade comunitária, empresas, cooperativas, economia social e solidária, economia popular e familiar, economias feministas e dos cuidados.  Através da sua análise crítica, queremos refletir sobre a diversidade dessas iniciativas ao nível das suas práticas, valores, objetivos, estrutura e efeitos de mudanças no território, aqui entendido como o espaço constituído por ecossistemas, infraestruturas, atores e instituições, mas também saberes, cosmovisões, discursos, valores, etc. Com esta abordagem, queremos abrir vias para uma nova cultura e formas de ação que sustentem um novo contrato social.

Entre as diversas linhas de reflexão, propomos:

1.dar a conhecer e refletir sobre as práticas quotidianas envolvidas na produção e cuidado do comum, que podem incluir:

    1. estruturas e processos de governança, formas de participação na tomada de decisão e gestão de iniciativas comunais, solidárias e autogeridas;
    2. valores e cosmovisões que sustentam as práticas quotidianas de cooperação nestas iniciativas;
    3. construção de novos imaginários territoriais que desafiem os discursos e as soluções apresentadas até aqui, por exemplo, na questão da habitação, da água, da energia, da saúde, etc.

2. análise crítica da estrutura institucional das sociedades atuais que desconstrói o comum ou ameaça iniciativas que cuidam o comum, constituindo processos de descomunalização (do inglês un-commoning), que podem concretizar-se em:

    1. leis, diretivas, políticas públicas e outros fenómenos que alteram as condições base das comunidades;
    2. projetos extrativos como a mineração, o turismo desenfreado, a agricultura intensiva;
    3. características internas da governança – desafios, contradições e ambivalências

 

As propostas devem ser submetidas eletronicamente após realização de registo na plataforma, até ao dia 01 de setembro de 2025.

Recomenda-se vivamente aos/às autores/as a leitura atenta das normas de publicação.

                           NORMAS DE PUBLICAÇÃO

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admin <![CDATA[Aula Aberta “Deficiência, Trabalho e “Vida Independente”: Direitos, Barreiras e o Caso Português” |22/05/2025 | 14H00 (PT) | Ed. 1, Sala 1.10, Universidade do Minho – Campus de Gualtar]]> http://cics.uminho.pt/?p=13431 2025-05-16T15:18:22Z 2025-05-16T15:16:57Z Aula Aberta Joana Alves (22MAI2025)Temos o prazer de convidar a comunidade académica e o público em geral para a aula aberta com a investigadora Joana Pimentel Alves, dedicada à temática “Deficiência, Trabalho e “Vida Independente”: Direitos, Barreiras e o Caso Português“. A sessão contará com a moderação de Iolanda Maciel Fontaínhas e abordará os principais obstáculos enfrentados pelas pessoas com deficiência no acesso ao trabalho e ao exercício da autonomia, refletindo sobre o papel das políticas públicas e sociais no contexto português.

🗓 Data: 22 de maio de 2025
🕒 Hora: 14h00
📍 Local: Universidade do Minho – Campus de Gualtar | Edifício 1, Sala 1.10

A participação é livre e não requer inscrição prévia.

Esta é uma iniciativa do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho (CICS.NOVA.UMinho) em parceria com o Departamento de Sociologia da Universidade do Minho.

Joana Pimentel Alves é Socióloga, doutorada (2017), mestre (2011) e licenciada em Sociologia (2009), pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Desde 2009, tem participado em vários projetos de investigação em áreas como estudos da deficiência, políticas sociais, vida independente, cuidado, educação inclusiva e turismo acessível. Em 2022 integrou o Gabinete de Gestão de Ciência do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS), da Universidade do Minho, onde assumiu funções de apoio a projetos. É investigadora integrada do mesmo centro e tutora na Universidade Aberta.
Iolanda Maciel Fontaínhas é Professora Convidada do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. É doutorada em Sociologia desde 2023 pela Universidade Minho. Os seus interesses de investigação centram-se na análise das dinâmicas afetivas e sexuais de casais heterossexuais, especialmente no que respeita à interseção entre sexualidade, género e relações de poder. Mais recentemente passou a trabalhar sobre práticas pedagógicas e metodologias de pesquisa social. Colabora com organizações da sociedade civil que visam atuar preventivamente sobre todas as formas de discriminação e violência sexual e de género.
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admin <![CDATA[Aula Aberta “Sexual health and HIV/AIDS prevention and care among young people, people living with HIV, and sex workers in Thailand” | 15/05/2025 | 20H00 – 22H00 (PT) | Ed. 2, Sala 1.12, Universidade do Minho – Campus de Gualtar]]> http://cics.uminho.pt/?p=13410 2025-05-07T15:05:48Z 2025-05-07T14:46:32Z
Aula Aberta MSOC Kangwan (15MAI2025)

Quinta-feira, dia 15 de maio de 2025, decorrerá a aula aberta “Sexual health and HIV/AIDS prevention and care among young people, people living with HIV, and sex workers in Thailand“, com o investigador visitante Kangwan Fongkaew (Burapha University, Tailândia). A moderação estará a cargo de Ana Maria Brandão (CICS.NOVA.UMinho e ICS-UMinho).

 
📅 Quinta-feira, 15 de maio de 2025
🕗 20H00 – 22H00 (PT)
📍 Universidade do Minho – Campus de Gualtar | Edifício 2, Sala 1.12
 
A sessão irá explorar questões de saúde sexual e prevenção do VIH/SIDA entre jovens, pessoas que vivem com VIH e trabalhadoras do sexo na Tailândia. Serão apresentados exemplos de fenómenos sociais e estudos realizados no país. Sobre o passado, será explorada a primeira vaga da epidemia de VIH/SIDA e o estigma associado aos grupos vulneráveis afetados. Relativamente ao presente, serão discutidas as políticas e desenvolvimentos mais recentes na área da saúde sexual e prevenção do VIH/SIDA. Por fim, serão apresentadas perspetivas para futuras políticas públicas e iniciativas neste domínio.
 
Aberta a todos/as os/as interessados/as, a iniciativa decorre no âmbito do Mestrado em Sociologia do Departamento de Sociologia do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, em parceria com o Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo da Universidade do Minho.
 
📧 Mais informação: cics@ics.uminho.pt

Kangwan Fongkaew é docente no Departamento de Artes da Comunicação, da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Burapha (Tailândia), com doutoramento em Ciências Socias pela Universidade de Chiang Mai (2015). A sua investigação centra-se sobretudo na prevenção do VIH entre minorias sexuais e de género na Tailândia, particularmente entre jovens homens gays e mulheres trans. Coautor de estudos sobre barreiras ao rastreio do VIH, adesão à PrEP e impacto do estigma nos resultados de saúde dessas comunidades, tem também contribuído para discussões sobre a representação LGBTIQ+ nos média tailandeses. Para além do percurso académico, encontra-se ativamente envolvido na defesa dos direitos e da inclusão LGBTIQ+ na Ásia.

Ana Maria Brandão é doutorada em Sociologia pela Universidade do Minho (2008), mestre em Políticas e Gestão de Recursos Humanos pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (1997) e licenciada em Sociologia pela Universidade do Porto (1991). É investigadora no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA.UMinho) e Professora Associada no Departamento de Sociologia da Universidade do Minho. Foi Subdiretora do Departamento de Sociologia da Universidade do Minho. É Editora da Configurações: Revista de Ciências Sociais e Diretora do Mestrado em Sociologia do Género e Sexualidade da Universidade do Minho.

Esta iniciativa é financiada pelo Projeto UID 04647 – CICS.NOVA – Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais.
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