6º Seminário – Almoço CICS|O engajamento da igreja católica na politica | 14 junho 2018| sala atos ICS/UMinho

 

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6º Seminário – Almoço CICS de 2018

Data: 14 junho de 2018

Hora: 12h30 -14h00

Local: Sala de atos do Instituto de Ciências Sociais (ICS)  piso 0/ Entrada gratuita, não sujeita a inscrição

Orador: Mario Doraci Pinheiro (investigador de pós-doutoramento do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – Polo UMinho)

Título: O engajamento da igreja católica na politica

Resumo: Tudo começa com a iniciativa de uma pessoa carismática que, no início, toma o caminho da direita, mas a miséria do povo nordestino o leva para a esquerda. Entre tantos caminhos que o subdesenvolvimento apontou, primeiro houve a tentativa de criação de uma teologia do desenvolvimento sem sucesso. Veio a Cepal (Comissão económica para América latina e Caraíbas), ancorada no atraso agrário de toda a América latina e a necessidade se construir novos caminhos. A igreja católica cria a CNBB, o CELAM, engata com a educação de base, seguindo as diretivas de Paulo Freire. A educação radiofónica se torna um sucesso, mas a onda de esquerdismo incomoda os Americanos, primeiro com a ascensão de Castro em Cuba, o padre revolucionário na Colômbia. Enfim, o golpe militar brasileiro encurta o sonho tanto da juventude quanto da igreja que se fazia ser chamada popular. Embora a CNBB tenha apoiado o golpe por “medo” dos comunistas, uma parte da igreja acorda, cria as Cebs, a teologia da libertação, a CPT, o Cimi e os círculos operários. Descontente, a policia politica do Dops (departamento de ordem politica e social) e o CCC (comando de caça aos comunistas) perseguem lideres religiosos, enquadram na lei de segurança nacional, inventam o esquadrão da morte, ficam incomunicáveis, sofrem tortura, outros morrem. Um delegado do Dops arrancava a arcada dentária daqueles que morreram na tortura, cortava os dedos, costurava a cabeça de um no corpo de outro, enterrava como indigente para impedir que a família identifique. Enfim, a igreja católica progressista, à sua maneira, enfrentou e peitou a ditadura e acabou tendo o apoio também dos conservadores.     

Nota biográfica e curricular

Mario Doraci Pinheiro nasceu em São Paulo, viveu no bairro de Perus onde foi engraxate, vendedor de sorvete ambulante e metalúrgico antes de entrar no seminário franciscano de Agudos, interior paulista. Licenciado em filosofia e em jornalismo. Foi professor de filosofia e história no ensino secundário. Participou de diversos eventos da educação, seminários, cursos e congressos de jornalismo. Fez mestrado em Sociologia da Comunicação em Paris, sem bolsa de estudos. Fez o doutorado em Ciência Política também em Paris, sem bolsa, trabalhando no horário noturno como vigia. Depois do doutorado trabalhou na educação francesa durante sete anos com alunos deficientes. Está na publicação de seu segundo livro, além de ser tradutor e autor de outros artigos.

 

 

 

 

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