2º Seminário – Almoço CICS| Militância Feminista através da Ciência| 15 fevereiro 2018| sala atos ICS/UMinho
O CICS.NOVA.UMinho organiza o 2º seminário almoço CICS de 2018, dedicado ao tema “intitulada “Militância Feminista através da Ciência: Análise de Periódicos Científicos da América Latina, Cabo Verde, Portugal e Moçambique”, apresentado por Sérgio Rêgo (doutorando em Sociologia do ICS-Uminho), irá realizar-se no próximo dia 15 de fevereiro de 2018, pelas 12:30 horas, na sala de atos do ICS/UMinho.
2º Seminário – Almoço CICS de 2018
Data: 15 de fevereiro de 2018
Hora: 12h30 -14h30
Local: Sala de atos do Instituto de Ciências Sociais (ICS) piso 0
Orador: Sérgio Antônio Silva Rêgo
Tema: Militância Feminista através da Ciência: Análise de Periódicos Científicos da América Latina, Cabo Verde, Portugal e Moçambique.
Resumo abreviado: A presente exposição está baseada em dois trabalhos, um já concluído e outro em desenvolvimento. O primeiro deles é a comunicação dos resultados obtidos com a dissertação de mestrado, desenvolvida entre 2015-2017, com o título MULHER E CIÊNCIA: interfaces feministas entre conhecimento científico e político na América Latina, nesse trabalho procuramos mapear publicações feministas de cinco países latino-americanos (Argentina, Brasil, Colômbia, México e Venezuela), observando a ideia de militância contida no ato da veiculação do conhecimento. Evidenciando, nessa discussão, o papel desempenhado pelo feminino na produção de saberes ditos científicos e sua participação do espaço docente enquanto produtora e de como esse fenômeno se dá neste espaço. Para tanto, uma metodologia feminista é necessária. Nesse caminho, a busca para a construção de uma epistemologia feminista torna-se concreta entre as feministas latino-americanas e caribenhas, associando-se as contribuições de outras perspectivas feministas, e procurando, a cada instante, romper com o ciclo opressor, muitas vezes transmutado como libertador, por essa concepção secularizada de ciência, baseada no androcentrismo. Baseando-nos numa metodologia qualitativa e fazendo uso do método do caso alargado, procuramos verificar se há uma relação grande dos temas educação e “conhecimento científico” com o feminismo na produção de saberes por parte das mulheres docentes nas academias latino-americanas e como isso se verifica em termos de militância das mesmas. Nossas considerações finais apontam para o fato de que há uma carência/lacuna no que se refere em associar ciência, docência feminina e academia, em pesquisas acadêmicas, assim como nas publicações investigadas. Com isso abre-se um vasto campo de pesquisa que pode vir a fomentar outras tantas discussões e auxiliar, cada uma a seu modo, na eliminação da opressão sexista, em suas mais variadas formas de atuação. Estas resultam, por sua vez, na pesquisa do doutoramento, que tem como título EPISTEMOLOGIAS FEMINISTAS NO MAR LUSÓFONO: “NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO”. Um estudo comparado da produção científica em periódicos online de Brasil, Cabo Verde, Portugal e Moçambique (em fase de desenvolvimento) procura invetigar quais epistemologias as feministas acadêmicas dos países citados têm construído através de publicações em periódicos online e como ocorrem seus desdobramentos em termos de ações políticas em suas realidades. Para tanto, buscamos encontrar a ideia de identificação de um possível feminismo(s) lusófono entre estas realidades pesquisadas para analisar em quais epistemologias este(s) estão inseridos e o que influenciam no campo científico.
Nota biográfica: Sérgio Antônio Silva Rêgo é doutorando em Sociologia pela Universidade do Minho (ICS-Uminho). Mestre em Educação Contemporânea (2017) pela Universidade Federal de Pernambuco, Centro Acadêmico do Agreste (PPGEduC-UFPE-CAA). Membro do Observatório dos Movimentos Sociais da América Latina e do Grupo Movimentos Sociais, educação e diversidade na América Latina vinculado ao CNPq. Seus estudos versam sobre as questões referentes ao movimento feminista, epistemologia e metodologia feminista e feminismo latino-americano. Atualmente investiga sobre a ideia de feminismos lusófonos, articulando periódicos científicos de Brasil, Cabo Verde, Portugal e Moçambique.
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